Mas não deixas de ter razão - és particularmente perspicaz, Luizinha - simultaneamente também faz parte do trabalho global sobre o meu pai, não do ponto de vista da ausência, mas da identidade.
E estou a debater-me com muitas questões filosóficas nesta área, a coisa não está fácil. Estou a tentar comer o elefante aos bocadinhos, por isso, a cada questão que levanto faço um estudo ou uma série deles, os quais não sei se terão alguma espécie de articulação.
A mim pareceu-me realmente um soldado de tempos antigos, um legionário... talvez por causa do tom amarelado da imagem, sugeriu-me deserto. Achei muito engraçado parece uma daquelas fotografias antigas já amarelecidas que volta não volta nos aparecem quando fazemos arrumações e que não sabemos quem é. Já agora, o teu pai era militar?
Nestas reflexões sobre o que define a nossa identidade, uma das vertentes sobre a qual me debrucei foi precisamente nessas fotografias antigas sem nome em que as pessoas se esforçam por saber quem são as personagens. Há sites na internet com fotografias destas, na esperança de que alguém possa dar pistas.
Se estiverem interessados no tema, podemos reflectir em conjunto aqui no blog. Não tenho dúvidas que é um assunto premente, uma vez que já começamos a ter dificuldades relativamente ao rosto (um dos tradicionais elementos fundamentais da identidade) por causa das intervenções plásticas; fora o que se irá passar com os desenvolvimentos da biotecnologia e as previsíveis alterações genéticas que ocorrerão num futuro próximo.
Como a Cristina(permita-me que a trate assim) aprecia tanto as reflexões, debates, a cada questão que levanta faz um estudo...permita-me, se a dada altura refere que "Há sites na internet com fotografias destas"... estarão os seus colegas a comentar o seu trabalho ou as suas buscas na net? mais uma reflexãozinha, para a ajudar na digestão do elefante.
Claro que me pode tratar por Cristina; já eu terei que o tratar por anónimo. Muito obrigada por participar.
Não percebi muito bem a sua questão, mas vou tentar responder. Provavelmente expliquei-me mal: sou dada a reflexões mas não faço estudos por cada reflexão; tem sido a forma adoptada neste projecto concreto, uma vez que não sei como tratar plasticamente esta questão que, pela sua abrangência, levanta muitas outras questões.
É como se visitássemos um blog, consultássemos a sua lista de contactos, escolhêssemos outro e por aí indefinidamente até já não sabermos qual foi o blog inicial. Este foi um método de trabalho que adoptei para não perder o fio à meada, uma espécie de pedrinhas da história de Hansel e Gretel.
Os meus colegas, neste caso, pronunciaram-se sobre o trabalho e não a metodologia.
A diligência na neve
-
*A diligência na neve *(1860*, *National Gallery) remete para a pintura de
paisagem de Courbet - e não para a desconstrução que opera da pintura de
hi...
Être un homme (mâle)
-
À travers une quarantaine de photographies d’une quinzaine d’artistes,
l’exposition « Comme je me voudrais « être » » élaborée par Marc Donnadieu
pour la g...
O Eurico
-
Não sendo especialmente assíduo já sou no entanto da casa, passo à frente
dos turistas, posso dizer que gozo desse estatuto territorial, se entro
sozinho,...
Novo Blog!
-
Aqui fica o link para o novo blog dos cadernos:
http://monicacidcadernos.blogspot.com/
Above is the link to the new blog with drawings from my sketchbooks.
-
"Atravessa esta paisagem o meu sonho dum porto infinito..."
"...E os navios que saem do porto são estas árvores ao sol..."
"...Entre o meu sonho do po...
-
Mercedes Sosa, Piedra y Camino
Piedra Y Camino
Del cerro vengo bajando,
Camino y piedra,
Traigo enredada en el alma, viday
Una tristeza...
Me acusas d...
A Voz Humana de Jean Cocteau
-
A peça num único acto centra-se numa mulher que está em casa à espera de
uma chamada do amante. Essa chamada chega e toda a acção desenvolve-se a
partir d...
Multimédia et musée
-
Armuz s'était fait l'écho de plusieurs initiatives de musées dont le but
était de mettre à disposition de ses visiteurs les commentaires d'oeuvres
pré-enre...
Final
-
“Na luta multiculturalista, o uso da palavra “cultura” é comparável ao uso
por Foucault de “poder”. É um nome que se atribui a uma situação
estratégicament...
8 comentários:
Penso que saiba quem é.
Gostei muito.
Quem é que achas que é?
Primeiro, pensei que era o teu pai (por causa do tema: a ausência).
Depois, pensei que era o retrato de um soldado, que está longe a combater, e de quem a mulher sente tanta saudade.
Provavelmente, daqui a pouco posso arranjar mais qualquer coisa...
Gosto mesmo muito deste teu trabalho :o)
É um soldado e esta é uma história intemporal...
Mas não deixas de ter razão - és particularmente perspicaz, Luizinha - simultaneamente também faz parte do trabalho global sobre o meu pai, não do ponto de vista da ausência, mas da identidade.
E estou a debater-me com muitas questões filosóficas nesta área, a coisa não está fácil. Estou a tentar comer o elefante aos bocadinhos, por isso, a cada questão que levanto faço um estudo ou uma série deles, os quais não sei se terão alguma espécie de articulação.
A mim pareceu-me realmente um soldado de tempos antigos, um legionário... talvez por causa do tom amarelado da imagem, sugeriu-me deserto. Achei muito engraçado parece uma daquelas fotografias antigas já amarelecidas que volta não volta nos aparecem quando fazemos arrumações e que não sabemos quem é. Já agora, o teu pai era militar?
O meu pai não era militar nem legionário.
Nestas reflexões sobre o que define a nossa identidade, uma das vertentes sobre a qual me debrucei foi precisamente nessas fotografias antigas sem nome em que as pessoas se esforçam por saber quem são as personagens. Há sites na internet com fotografias destas, na esperança de que alguém possa dar pistas.
Se estiverem interessados no tema, podemos reflectir em conjunto aqui no blog. Não tenho dúvidas que é um assunto premente, uma vez que já começamos a ter dificuldades relativamente ao rosto (um dos tradicionais elementos fundamentais da identidade) por causa das intervenções plásticas; fora o que se irá passar com os desenvolvimentos da biotecnologia e as previsíveis alterações genéticas que ocorrerão num futuro próximo.
Como a Cristina(permita-me que a trate assim) aprecia tanto as reflexões, debates, a cada questão que levanta faz um estudo...permita-me, se a dada altura refere que "Há sites na internet com fotografias destas"...
estarão os seus colegas a comentar o seu trabalho ou as suas buscas na net?
mais uma reflexãozinha, para a ajudar na digestão do elefante.
Claro que me pode tratar por Cristina; já eu terei que o tratar por anónimo. Muito obrigada por participar.
Não percebi muito bem a sua questão, mas vou tentar responder. Provavelmente expliquei-me mal: sou dada a reflexões mas não faço estudos por cada reflexão; tem sido a forma adoptada neste projecto concreto, uma vez que não sei como tratar plasticamente esta questão que, pela sua abrangência, levanta muitas outras questões.
É como se visitássemos um blog, consultássemos a sua lista de contactos, escolhêssemos outro e por aí indefinidamente até já não sabermos qual foi o blog inicial. Este foi um método de trabalho que adoptei para não perder o fio à meada, uma espécie de pedrinhas da história de Hansel e Gretel.
Os meus colegas, neste caso, pronunciaram-se sobre o trabalho e não a metodologia.
Enviar um comentário