O ser humano tem uma tendência natural para rejeitar o que não conhece. Todas as vanguardas foram violentamente rejeitadas no seu tempo. Esse facto está muito presente hoje em dia na nossa consciência, e nós temos tido que nos adaptar muito rapidamente a novas linguagens. Reparem que já não existe aquela história da geração da máquina a vapor, ou do telefone, ou do automóvel; as gerações mais recentes têm tido que se adaptar a alterações radicais no seu modo de vida - o euro, o mundo todo ao alcance dum clic, duma viagem de avião baratinha, comprada na véspera em leilão, a consciência do fim desta civilização das energias fósseis, sei lá, um sem número de transições que instalam a ideia que temos de ser muito rápidos a aceitar a mudança e a fazer parte dela. Parece-me que as pessoas se dividem agora em 2 grupos distintos: 1- as classes indiferenciadas que continuam a resistir ("Queremos a lixeira!" como num sketch do Herman ou, há poucos dias, pessoas que não queriam ser realojadas embora as suas casas estivessem em perigo de ser engolidas pela água ou escorregar pela ribanceira, já nem me lembro) 2- as pessoas com actividade intelectual que, duma forma muito consciente, querem participar na mudança
E agora voltamos ao conceito de arte e verificamos que as pessoas que interpretaram a obra estão absolutamente correctas. O que é que define um objecto artístico? A intenção do autor (o facto do suporte ser uma tela é revelador dessa intenção, embora neste caso saibamos que foi um truque) e a validação através duma instituição (galeria, museu, etc). A partir daí, somos estimulados a interpretar as obras que apreciamos. E convenhamos que as crianças até se saíram muito bem. Eu já tenho visto coisas bem piores expostas em galerias...
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5 comentários:
linda inocência
Pois...:)
O ser humano tem uma tendência natural para rejeitar o que não conhece. Todas as vanguardas foram violentamente rejeitadas no seu tempo. Esse facto está muito presente hoje em dia na nossa consciência, e nós temos tido que nos adaptar muito rapidamente a novas linguagens. Reparem que já não existe aquela história da geração da máquina a vapor, ou do telefone, ou do automóvel; as gerações mais recentes têm tido que se adaptar a alterações radicais no seu modo de vida - o euro, o mundo todo ao alcance dum clic, duma viagem de avião baratinha, comprada na véspera em leilão, a consciência do fim desta civilização das energias fósseis, sei lá, um sem número de transições que instalam a ideia que temos de ser muito rápidos a aceitar a mudança e a fazer parte dela.
Parece-me que as pessoas se dividem agora em 2 grupos distintos:
1- as classes indiferenciadas que continuam a resistir ("Queremos a lixeira!" como num sketch do Herman ou, há poucos dias, pessoas que não queriam ser realojadas embora as suas casas estivessem em perigo de ser engolidas pela água ou escorregar pela ribanceira, já nem me lembro)
2- as pessoas com actividade intelectual que, duma forma muito consciente, querem participar na mudança
E agora voltamos ao conceito de arte e verificamos que as pessoas que interpretaram a obra estão absolutamente correctas. O que é que define um objecto artístico? A intenção do autor (o facto do suporte ser uma tela é revelador dessa intenção, embora neste caso saibamos que foi um truque) e a validação através duma instituição (galeria, museu, etc). A partir daí, somos estimulados a interpretar as obras que apreciamos.
E convenhamos que as crianças até se saíram muito bem. Eu já tenho visto coisas bem piores expostas em galerias...
É como os iogurtes basta lhes chamarem magros para serem devorados , e o que interessa num iogurte não é ser magro é ter vida .....
Basta estar numa galeria e, ainda por cima, numa feira de arte e já é bom :O)
Para a próxima, em 2008, fazemos nós a mesma coisa com os nossos trabalhos!...
Temos menos de um ano para ter ideias...
Olé!
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